É com o pensamento no Mundial de setembro/outubro que a seleção vai, esta semana, fechar a época 2023/24 no que toca a estágios. Odivelas é o palco final desta temporada que ficou marcada pela qualificação para a fase final do Campeonato do Mundo e a Eslovénia vai ser a equipa adversária.
O primeiro de dois jogos é já esta quinta-feira (21h) e para estes jogos de preparação Jorge Braz fez uma mini-revolução na equipa nacional. Por comparação com os jogos frente ao Japão, em fevereiro passado, há sete caras novas na convocatória, sendo que uma delas é estreia absoluta (Tiago Sousa) e outra pode fazer o seu primeiro jogo pela seleção (Bernardo Paçó).
Nomes como João Matos, Bruno Coelho, Pany, Pauleta, Edu ou Zicky (já dispensado durante o estágio) são algumas das ausências, seja por lesão ou por opção do selecionador nacional que vai aproveitar estes testes para ver outro tipo de soluções a pensar no Usbequistão. Para além dos dois jogadores que podem fazer a estreia, nomes como Bruno Pinto, Silvestre Ferreira ou Miguel Ângelo voltam a ser chamados para provarem o que valem.
Com nomes como Teo Turk, Ziga Ceh ou Nejc Hozjan como protagonistas maiores da equipa liderada por Tomislav Horvat, a Eslovénia é uma equipa tipicamente forte no aspeto físico, embora não sendo uma equipa qualquer no aspeto técnico e tático, fazendo da objetividade uma das características principais. É, por isso, um adversário bem interessante para Portugal defrontar numa fase em que faltam cinco meses para o Mundial.
A Eslovénia, porém, ao contrário de Portugal, não vai estar no Mundial 2024, falhando a estreia em fases finais de Mundiais depois de terminar em terceiro lugar do Grupo D, com os mesmos sete pontos da Itália. É, ainda assim, presença habitual nos Europeus, prova que não falha desde 2008 e onde já conseguiu ir duas vezes aos quartos de final.
Em suma, Portugal terá, de forma natural, a preparação para o Mundial no pensamento contra um adversário exigente em todos os capítulos. Numa altura em que os jogadores entram na reta final da época desportiva, a equipa nacional vai experimentar outro tipo de soluções e apresentar, quem sabe, outro tipo de ideias...
A Eslovénia: «Temos a tendência para achar que a Eslovénia aposta muito no jogo físico e na defesa individual agressiva, mas é uma equipa segura, que não corre riscos e que sente muito confortável sem bola. Com bola sabem muito bem o que fazer, estamos a falar de uma seleção que está quase sempre nas fases finais dos Europeus, onde cria grandes dificuldades às equipas com as quais joga.
As opções: «Há uns anos dizia que não ia haver problema no desenvolvimento e afirmação dos jogadores porque as coisas vinham a ser cimentadas e trabalhadas. Temos vindo a dar muitas oportunidades na qualificação do jogador português nos últimos anos. Tínhamos a convicção de que iriam aparecer jogadores cada vez mais preparados, habituados a competir ao mais alto nível. Somos campeões da Europa de sub-19, temos um leque alargado de opções.
Se há uns anos fazer uma pré-convocatória de 25 jogadores era algo fácil, eu digo que neste momento muitos ficam de fora com capacidade para participar numa grande competição. São indicadores muito bons para o futsal português. Ter dores de cabeça é positivo e deixa-nos orgulhos pelo trabalho feito e pelo caminho que ainda temos a percorrer para cimentar a nossa posição no futsal mundial»
4-0 | ||
Hugo Neves 15' André Coelho 21' Tomás Paçó 35' | Teo Turk 20' (p.b.) |