A competição que honra a memória do Mestre Cândido Oliveira, é desde a sua nascença, uma prova capaz de gerar momentos de rara emoção. Jogada numa primeira fase a duas mãos, com finalíssimas que chegaram a ser disputadas em Paris, a história da Supertaça ficou marcada por momentos inesquecíveis como o 0x5 com que o FC Porto brindou o Benfica em casa, ou o 3x0 com que os leões derrubaram o FC Porto de Robson em Paris.
Durante décadas a ideia deorganizar uma prova em que se enfrentassem o campeão e o vencedor da Taça aflorou o pensamento de alguns dirigentes, mas pelos mais diversos motivos, a ideia nunca chegaria sequer a discussão.
O pontapé oficial na prova, foi dado no 1º de dezembro de 1981, no Estádio da
Luz num jogo entre águias e dragões. O
Benfica venceria por 2x0, mas uma semana depois, nas
Antas, sofreria uma goleada por 4x1, que valeu ao
FC Porto a primeira das suas muitas vitórias. No ano seguinte, o recorde de goleada seria batido em
Alvalade, com os leões a baterem o Braga por 6x1, dando assim a volta à goleada sofrida na primeira mão no Estádio 1º de Maio em Braga.
Nas quatro edições que sucederam, águias e dragões discutiram entre si a vitória, ajudando a cimentar a rivalidade entre ambos, que até esses tempos era algo mais comum entre
Sporting em
Benfica. Em quatro anos, o
FC Porto venceu por três vezes, perdendo apenas uma única vez com o
Benfica em 1985.
Como potência emergente, o
FC Porto deve às suas conquistas na Supertaça, muito do crescimento no panorama futebolístico nacional. As constantes vitórias sobre o rival da
Luz, não só valiam troféus, como mostravam ao
Benfica que havia uma nova potência a emergir a norte, que prometia roubar-lhe a primazia na bola indígena.
Sporting e Guimarães intrometem-se
Os leões voltaram a disputar a prova em 1986-87 surpreendendo com uma vitória clara por 0x3 em pleno Estádio da
Luz. Quinze dias depois, uma nova vitória por 1x0 em
Alvalade, selou a conquista.
Um ano depois foi a vez do
FC Porto ser surpreendido pelo Vitória de Guimarães que depois de uma vitória em casa, foi segurar o nulo às
Antas, que lhe valeu a primeira conquista de um grande troféu nacional.
Benfica x Porto: take 2
Passadas as intromissões de leões e vimaranenses, o
Benfica voltou a conquistar a competição depois de bater o
Belenenses na final. Seguiram-se duas vitórias do Porto, a primeira sobre o Estrela da Amadora, e a segunda sobre o
Benfica, na primeira final que teve direito a finalíssima em Coimbra.
Em 1992 o
FC Porto voltou a conhecer o sabor da derrota, novamente às mãos do
Boavista, que comandado por Manuel José, gelou as
Antas com uma vitória por 1x2. Mas nos dois anos seguintes o
Benfica pagou a fatura da derrota portista com o
Boavista, e viu os azuis-e-brancos conquistar mais duas supertaças às suas mãos. Primeiro numa finalíssima em Coimbra, e a segunda no Parque dos Príncipes em Paris, onde pela primeira vez se disputou uma competição nacional em solo estrangeiro.
Relativamente a 1994-95, mas já jogado em 1996, foi o Porto x
Sporting, que marcou o regresso da Supertaça à «Cidade
Luz». Um ano depois de terem sido felizes, os portistas foram batidos sem apelo nem agravo pelo
Sporting com um claro 0x3, e uma grande exibição de Sá Pinto.
Foram cinco...
A 18 de setembro de 1996, o
FC Porto comandado por António Oliveira, foi ao Estádio da
Luz humilhar o eterno rival com uma mão cheia de golos, que mais do que valerem uma Supertaça ao clube nortenho, provocaram um profundo pesar e sentimento de humilhação para as bandas da
Luz.... Edmilson, Artur, Jorge Costa, Wetl e Drulovic, escreveram a letras de ouro, uma das mais históricas vitórias do dragão.
Volvidos doze meses, um golo de Fernando Mendes na segunda mão, não conseguiu recuperar da derrota sofrida no Bessa na primeira mão por 2x0, fruto dos golos de Ayew e Timofte. Mais uma vez, os axadrezados batiam o vizinho e rival.
Em pleno período do «penta» o
FC Porto era presença constante na Supertaça. Depois do insucesso com os axadrezados, seguiram-se vitórias sem dificuldade com bracarenses e Beira-Mar, até que o
Sporting se voltou a cruzar no seu caminho. A bête noire dos portistas, voltou a fazer das suas, batendo o
FC Porto em nova finalíssima, desta feita na cidade do Mondego.
Novo modelo
Os constantes empates, que obrigavam a finalíssimas, algumas das vezes disputadas mais de um ano depois da época a que a competição pertencia, acabaram por gerar muitas críticas, forçando a FPF a mexer no modelo competitivo, passando a final a ser disputado num jogo só, em local neutro.
Já disputada nos novos moldes, a edição de 2001 coroou o
FC Porto, que finalmente levou de vencida o vizinho
Boavista, que fora campeão, numa final disputada no Estádio dos Arcos em Vila do Conde. Um ano depois, a novidade era a ausência do
FC Porto, a primeira vez que tal acontecia desde 1989! No Bonfim, em Setúbal, o
Sporting, campeão e vencedor da Taça, enfrentou o finalista vencido Leixões, que jogava na 2ª Divisão B e venceu sem dificuldades por 5x1.
Sucederam-se mais duas vitórias portistas sobre o Leiria e novamente o
Benfica, antes dos encarnados quebrarem um longo jejum que durava desde 1989 e conquistarem a sua quarta Supertaça, batendo na final o Vitória de Setúbal, com um golo solitário de Nuno Gomes.
A partir da última vitória benfiquista, a prova ficou «entregue» a dragões e leões, que dividiram entre si todas as edições. O
FC Porto, crónico campeão, bateu sadinos, pacenses, benfiquistas, vimaranenses e academistas, e só sairam vencidos nas duas edições em que encontraram o
Sporting.
Primeiro em Leiria, com um golaço de Izmailov e depois no Algarve, com Derlei e Djaló em grande noite, o FC Porto não conseguiu superar a malapata e viu os leões levarem a Supertaça outra vez.
O pontapé oficial na prova, foi dado no 1º de dezembro de 1981, no Estádio da
Luz num jogo entre águias e dragões. O
Benfica venceria por 2x0, mas uma semana depois, nas
Antas, sofreria uma goleada por 4x1, que valeu ao
FC Porto a primeira das suas muitas vitórias.
No ano seguinte, o recorde de goleada seria batido em
Alvalade, com os leões a baterem o Braga por 6x1, dando assim a volta à goleada sofrida na primeira mão no Estádio 1º de Maio em Braga.
Nas quatro edições que sucederam, águias e dragões discutiram entre si a vitória, ajudando a cimentar a rivalidade entre ambos, que até esses tempos era algo mais comum entre
Sporting em
Benfica. Em quatro anos, o
FC Porto venceu por três vezes, perdendo apenas uma única vez com o
Benfica em 1985.
Como potência emergente, o
FC Porto deve às suas conquistas na Supertaça, muito do crescimento no panorama futebolístico nacional. As constantes vitórias sobre o rival da
Luz, não só valiam troféus, como mostravam ao
Benfica que havia uma nova potência a emergir a norte, que prometia roubar-lhe a primazia na bola indígena.