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União subiu e bateu recordes esta época

Na Liga 3, com estádio cheio: «O Leiria faz falta na Champions»

Para recordar a última vez que o histórico UD Leiria esteve no segundo escalão do futebol português é preciso recuar até 2008/09, altura em que o conjunto leiriense terminou em segundo lugar e garantiu, na altura, o regresso à Primeira Liga. Mas isto tudo foi antes do emblema da região Centro cair «nas ruas da amargura» e descer aos distritais devido a graves problemas financeiros, onde se manteve durante mais de uma década. Até agora.

Ao longo da época, o UD Leiria já havia revolucionado a forma como se via a relação dos adeptos com o jogo, antes, durante e depois, ao longo da época, aplicando uma série de iniciativas, que iam desde a oferta de bilhetes, passando por iniciativas nas escolas e culminando até em concertos antes dos jogos, que foram permitindo à Equipa do Lis contar com molduras humanas no seu estádio, o Dr. Magalhães Pessoa, de invejar até para a larga maioria dos emblemas da Liga Portugal Bwin.

UD Leiria
2022/2023
31J
22V
2E
7D
62-27G
Tudo culminou no passado dia 29 de abril, onde o Leiria recebeu o SC Braga B e com a ajuda de um impressionante total de 22197 adeptos nas bancadas - um recorde a nível da Liga 3 e das melhores casas em Portugal esta época -, acabou por conseguir uma suada e importante vitória por 1-0, com o único golo da partida a ser apontado aos 89 minutos, que levou à explosão de alegria dos fãs e permitiu aos de Leiria festejar a subida de divisão.

«Se dissesse que temos uma estrutura que não chega a uma dezena de pessoas, vai dizer que sou doido, mas é verdade. É fruto de muito trabalho e o resultado ficou bem patente naquele último jogo em casa, onde olhámos uns para os outros e sem dizermos nada, percebemos que valeu a pena. Para quem não tem o Leiriismo à flor da pele, sentir a alegria das pessoas é algo inexplicável», começa por ler, em entrevista exclusiva ao zerozeroArmando Marques, presidente da SAD do UD Leiria, cargo que ocupa há dois anos.

«A malta não gostava de futebol e estava distanciada da cidade e do clube. Leiria era o expoente máximo do insucesso social e hoje somos uma referência nesse aspeto. Isto porque trilhámos o caminho da credibilidade e mostrámos às pessoas que é possível disfrutar do espetáculo que é o futebol e que vai além do futebol. Temos essa envolvência com a comunidade, que envolve a juventude e vários estratos da sociedade. Temos que ter esta capacidade de envolvência, porque o futebol tem a capacidade de chamar gente e dar visibilidade às coisas como mais nada tem. Isso é o primeiro passo para que as pessoas depois se amarrem ao clube da terra. As pessoas da minha idade nunca vão alterar o clube do coração, mas daí a nossa aposta na juventude, porque essa geração sim vai cimentar todo o trabalho que estamos a fazer. Estamos a semear para mais tarde colhermos os frutos de sustentabilidade de um clube que quer ser referência desta região. É nesse sentido que queremos que se sintam bem no nosso estádio e tenham gosto em apoiar o União. Tudo isto leva-nos a um destino: o sucesso», acrescenta.

22197. Parece difícil de acreditar, especialmente quando falamos de um jogo do terceiro escalão do futebol português, sendo praticamente apenas ultrapassado pelos maiores clubes e nível nacional. Mas é verdade e só surpreende completamente os adeptos mais distraídos daquilo que tem sido a época do Leiria.

 

Houve uma revolução naquele histórico emblema português nas últimas duas temporadas, mais acentuada em 2022/23, e os números comprovam-no. O primeiro «aviso» tinha sido logo na 1ª jornada da fase regular, onde o Leiria recebeu o Vitória FC (4-0) com 12581 pessoas nas bancadas. Com maiores e menores oscilações, os números estiveram sempre lá e foram sendo impressionantes, até estarem 18124 adeptos nas bancadas para o duelo com o Belenenses (2-4). Fazendo as contas, o Leiria teve, em média, 9039 adeptos por jogo, na condição de visitado. Números invejáveis para muitos.

Armando Marques destaca um nome para o Leiria ter alcançado estes números: Nélio Lucas.

«Na última fase da época passada, nós oferecemos bilhetes às pessoas para criar uma onda de solidariedade para com os refugiados ucranianos, para as pessoas trazerem bens essenciais. De facto, conseguimos trazer milhares de pessoas, mas com a entrada de um novo investidor, mas essencialmente do Nélio Lucas, que tem uma vivência no futebol e em grandes clubes mundiais, implementou uma estratégia que resultou nisto. Envolver uma comunidade, uma cidade, uma região, para que viessem ao futebol. Fizemos várias iniciativas, as mais visíveis foram os concertos, mas não só. Há um trabalho diário junto das escolas, dos nossos parceiros, de algumas instituições, que resulta na plenitude. Hoje, temos a envolvência de várias empresas, que são nossos parceiros, e uma ajuda que não se vê a nível económico-financeiro, mas com determinadas permutas entre empresas e parceiros. Isso resulta no espetáculo que culminou no último jogo em casa, onde tivemos 22 mil pessoas. Já tivemos 18, 17, 15, 14, 13. Várias assistências recordes. Tudo isso foi pensado por ele [Nélio Lucas], porque ele tem uma visão do futebol onde trouxe o que já se pratica noutros países, ao nível da envolvência que o espetáculo desportivo e do futebol têm. Não queremos que o futebol seja um simples jogo de 11 contra 11. Tem que ter uma envolvência antes e no pós jogo, como está à vista nas nossas iniciativas, com a fanzone e a Porta 10», descreve-nos.

@UD Leiria

«Fiz parte da formação do Leiria. Vi jogos do UD Leiria desde muito cedo com o meu avô»

«Não sabia o que sentir. É algo que quando acontece um golo tão tarde, em que já estamos a fazer contas de cabeça, a pensar como vai ser a próxima deslocação, em Felgueiras, como ficaram os outros resultados. De repente, marcamos e conseguimos algo que andamos atrás há uma década, em campeonatos inferiores. É um misto de emoções tão grandes, que nem consigo explicar o que senti naquele momento. Nem parecia real. Vimos pessoas à volta a chorar e a rir de euforia, tanto sentimento à nossa volta. Uma felicidade imensa, é algo que só quem vive aquele momento, pode ter noção do sentimento. Olhámos para a espinha dorsal do nosso grupo e nenhuma conseguia descrever o sentimento da mesma forma, todos vivemos de forma diferente, depois de trabalharmos juntos. É algo indiscritível. Foram muitos anos a trabalhar por isto, muitos anos a morrer na praia», começa por descrever Rui Quinta, líder da Armata, claque da UD Leiria, em declarações ao zerozero.

Rui tem 33 anos e é gestor de qualidade numa empresa japonesa de componentes para moldes, mas isso é apenas para colocar comida na mesa, porque se nota pelo seu discurso que o amor pela Equipa do Lis fala mais alto que (quase) tudo. Criou a Armata em 2007, ainda dentro de outra claque da UD Leiria, e desde aí que o projeto tem vindo a crescer a nível de apoio e números, tendo passado pelos anos «negros» da equipa nas Distritais, até à emoção desta subida.

«Sempre tivemos a mentalidade de ser um grupo de amigos. Foi assim que fomos seguindo a equipa pelas distritais. O ano passado houve uma situação dentro do grupo que nos fez ver as coisas de outra forma. Um membro jovem faleceu num acidente de viação e teve um momento marcante, porque tivemos o seu pai a pedir para que este fosse enterrado com um cachecol da nossa claque, afirmando que ele era sempre mais feliz nos dias de jogos, onde se juntava a nós. A partir daí começámos a trabalhar de outra forma, a aproveitar o contexto do grupo, porque estas enchentes já se tinham verificado no passado, e começámos a agarrar pessoas ao pouco, que foram abraçando o projeto. Este ano já tivemos uma média muito acima daquilo que é a realidade nacional. Esta fase final foi algo muito bom de ver, porque a nível de dimensão e apoio, estivemos a par dos maiores grupos do país.», conta-nos, apontado para as 1500 pessoas, apenas no «seu» setor, nesse jogo com o SC Braga B.

Estádio encheu na despedida da época @UD Leiria
«Há poucas claques que hoje em dia consigam meter esses números a apoiar uma equipa. A culpa passa muito pela mentalidade das pessoas e esta direção trabalhou muito bem nesse sentido. Tentou desbloquear um bocadinho o estereótipo que as pessoas têm do clube da própria terra. Não é preciso títulos, estar sempre na televisão, para se disfrutar de um bom espetáculo de futebol. Nós sofremos um bocadinho dessa pequenez. As pessoas parece que têm vergonha de apoiar um clube que não ganha títulos. Isto é algo que só se vê em Portugal», acrescenta.

Rui fala de uma infância e crescimento «um bocadinho diferente», recordando com emoção na voz os jogos que ia ver com o avô e os seus tempos de formação na UD Leiria e acaba a elogiar as estratégias implementadas pelo clube: «Quando as crianças nascem num ambiente onde são pré-formatadas para ser de determinado clube, é difícil fazê-las pensar de outra forma. Aí, o Leiria entrou bem, porque entrou numa fase onde ainda é possível fazê-las sentir isto desde pequeninas. Isto é um trabalho que morre sem continuidade. Isto é um trabalho que vai demorar 10/15 anos, mas se calhar daqui a uma década vamos ter retorno deste trabalho contínuo. Tinha dúvidas no início do projeto, mas neste momento sinto que o trabalho é muito bom, apesar de algumas melhorias que podem ainda ser feitas.»

E financeiramente? Há prejuízo?

«Em termos de merchandising, acho que já vendemos mais camisolas este ano do que em toda a história do clube. O nosso fornecedor desportivo já me disse que vendemos mais que todas as equipas da Primeira Liga. Hoje em dia a envolvência com os parceiros não pode ser feita como antigamente, onde só pedíamos ajuda. Temos que lhes dar algo em troca e fazer entender junto deles que aquilo que estão a apoiar vai resultar no que vão receber, que é visibilidade, reconhecimento e notoriedade. É para isso que trabalhos e esta estratégia, que é virgem em Portugal, porque alguns já estão a tentar imitar. Ainda há pouco tempo surgiu a notícia que o Fortuna Dusseldorf, da Alemanha, vai iniciar esta oferta de bilhetes. Mas como costumo dizer, não há nada como o original. Este conceito do futebol espetáculo e envolvência do público é algo que já se faz há muitos anos nos Estados Unidos e com a experiência que o Nélio Lucas trouxe de grandes clubes mundiais, como o Atlético Madrid, Bétis, Manchester City, Valência, Real Madrid, onde colaborou, trouxe-as para cá e adaptou-as ao contexto do Leiria, criando esta máquina de divulgação de uma marca que queremos valorizar, que é a marca UD Leiria. Queremos cimentar e liderar o futebol na região Centro, que precisa de uma referência. Se repararmos, entre Lisboa e Porto, existe o Arouca, na Primeira Liga. Na Segunda Liga, há o Feirense e o Tondela. Há muitas centenas de quilómetros para conquistar. Nós se tivermos a capacidade, e temos, de atrair todos esses parceiros e população, vamos e queremos ser uma referência nesta região. E vamos conseguir», diz-nos Armando Marques, questionado sobre o prejuízo/lucro destas iniciativas.

Desportivamente, medidas valeram a pena @UD Leiria
A verdade é que certamente seriam bem vindos os fundos de bilheteira, mas os vários intervenientes concordam que as questões financeiras vão muito além do custo dos bilhetes. Há as receitas do bar, antes, durante e pós jogo, a atividade na Porta 10, a fanzone do UD Leiria, o merchandising, questões relacionadas com os parceiros e patrocinadores,...e aí, os leirienses brilharam esta época.

«Realmente, a nível de merchandising, de equipamento, de bar, foram provavelmente superiores a todos menos aos dos chamados “clubes grandes” – embora para mim grande seja o Leiria, o meu clube é que é grande. O clube colocou cerca de uma centena de camisolas à venda, com um custo de 50 €, e esgotaram em poucas horas. As pessoas não pagam bilhete e por isso chegam ao estádio e pensam em comprar um cachecol ou algo do género. Acabam a gastar mais. Conheço quem tenha esperado meses para comprar uma camisola oficial por estarem sempre esgotadas. Começo a ver algo que nunca vi antes, que é andar na cidade de Leiria e ver pessoas com a camisola a passear na rua. Já usam a camisola e o símbolo com orgulho. Estamos a criar uma identidade nas pessoas, algo que direções passadas não perceberam que era o mais importante. Isto é um mal que se vive num país inteiro, talvez com exceção de cidades como Guimarães e Braga», concorda Rui Quinta

É para continuar!

E agora? O que se segue para o Leiria? Será que estas iniciativas e a questão dos bilhetes gratuitos constantemente é exequível na Liga Portugal SABSEG, onde vão atuar na próxima época? Da direção aos adeptos, concorda-se: é para continuar, mas melhorando o que foi feito de menos bom.

«Podemos esperar mais do mesmo do que foi positivo, porque não fizemos tudo bem. Trabalhamos todos os dias para melhorar e ter sucesso desportivo, social e sermos uma referência para o futebolês e o desporto. É preciso credibilidade. Com estas iniciativas, tenho a certeza absoluta, porque se fala do Leiria por questões positivas, fizemos algo diferenciador. Não entrámos em disputas, mas concretizámos e temos factos para mostrar que com trabalho, estratégia e visão, podemos lá chegar», aponta Armando Marques.

Apoio também surgiu fora de Leiria @FPF/Francisco Paraíso
E depois de ter ajudado mudar a forma como se olha para a relação entre clubes e adeptos e entre os fãs e o espetáculo que envolve o futebol, o que se segue? Em Leiria nutre um sentimento de orgulho como não se via há muito tempo e sonha-se com o regresso a outros patamares, ao principal escalão do futebol português, onde não estão desde 2012, até porque se sente que faz falta um clube assim nessas andanças.

«Para mim o Leiria faz falta na Champions [risos]. Não pagamos para sonhar. Espero que daqui a dez anos estejamos em patamares internacionais, como já estivemos no passado. Felizmente, com a idade que tenho, já vivi momentos muito bonitos noutros patamares e acredito que merecemos voltar. Acredito que outros clubes históricos, que neste momento estão a passar por estas dificuldades, merecem estar noutros patamares. Vejo clubes em patamares superiores sem qualquer tipo de mística, de ligação ao que quer que seja. Clubes sem estádio, a jogar longe da sua cidade. Clubes constituídos pela sua SAD, que para mim, enquanto adepto de futebol, não faz qualquer sentido. Mas também é preciso que estes clubes cresçam internamente. Não nos podemos agarrar à história. Os clubes históricos têm que trabalhar para voltar onde já estiveram, porque não merecem mais que um clube pequenino que teve mérito para lá chegar», aponta Rui Quinta

«Acho que os outros patamares também querem o Leiria. Em termos de ambição, não tenho dúvidas que o Leiria quer estar noutros patamares. Agora, esses patamares também devem querer e sentir falta de projetos, estruturas e experiências como as que estamos a vivenciar, para partilhar com os melhores», concorda Armando Marques.

Comentários

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motivo:
Leiria
2023-05-08 23h50m por redlegion
Tal como fazemos aqui em Braga, podiam criar o "Dia do Leiria", em que jogadores e membros das várias modalidades do clube fazem atividades no centro da cidade com os adeptos. Aqui é um dia de comunhão entre ambas as partes e uma forma de estreitar laços com a cidade, que culmina com a apresentação das equipas seniores de futebol.
Agora resta saber se as pessoas aparecem, porque todos sabemos que Leiria não existe. xD
Fkaoff
2023-05-08 23h23m por SerrasTV
Sim! Não foi por maldade.

Apenas referi alguns dos clubes que me lembrei assim à primeira vista de olhos. Mas reforça na mesma a minha ideologia ( são poucos onde isso acontece ).
Leiria
2023-05-08 22h54m por SerrasTV
Nos anos que acompanho a União Desportiva de Leiria, nunca tinha visto um entusiasmo tão grande como nos dias de hoje.

Há 10 anos, os ídolos no nosso estádio eram Cardozos, Hulks, por aí fora.
Hoje em dia vemos os pequenos e graúdos a gritar por uma Camisola do Jair.
Não digo que isto não irá alterar se um dia, conseguirmos a tão desejada subida à primeira liga (muito trabalho pela frente claro). Apenas me ocorrem 3 estadios onde não ficam mais adeptos dos ...ler comentário completo »
DA
FootGuru
2023-05-08 22h48m por DannyLopes10
Não compares essas cidades com duas capitais de distrito, por amor de Deus. Leiria e Coimbra são claramente as duas cidades com mais potencial da região centro para terem equipa em patamares superiores, e só não é assim porque ambos se deixaram “destruir” por direções que se serviam dos clubes em vez de servirem os clubes.
Acho mesmo que a UDL está a ir pelo caminho certo e não entendo quem os crítica por pelo menos estarem a tentar fazer algo diferente do comum!
Todos sabemos...ler comentário completo »
fkaoff
2023-05-08 19h59m por Kurika
Pergunta aos users do Portimonense aqui, mas a ideia que tenho é que muitos não se sentem representados pela SAD.
A média do Arouca é de 1600, não é de 500, que exagero. E há muita gente local que nunca vai querer saber de futebol, não podes fazer esse tipo de raciocínio.
Lá está, o Casa Pia metia pouca gente mesmo no ano passado a subir. Ou seja, têm poucos adeptos, ponto final.
O Estoril é clube de cidade-dormitório, muita gente lá não se sente "estorilista" ...ler comentário completo »
moumou
2023-05-08 19h48m por Kurika
Temos feito bastantes iniciativas com bilhetes de acompanhantes grátis (ou a baixo custo), mas lá está, sempre partindo da situação de sócio.
Essa sim, parece-me uma tática sustentável ao longo do tempo.
Depois, claro, temos o problema que não somos "o" clube da cidade do Porto e não podemos fazer marketing com base nisso, o que limita logo a quantidade de gente que conseguimos meter.
Ainda assim, sermos sempre a 6ª ou 7ª média é bastante bom para um clube de bairro que somos.
Kurika
2023-05-08 19h37m por moumu
Pelo menos o BFC tem metido mais gente, é sempre uma festa os jogos em casa!
fkaoff
2023-05-08 19h31m por Kurika
Ou se calhar, esses clubes não metem mais gente porque não têm muito mais gente para meter, seja de borla ou seja a pagar. São clubes sem adeptos, ponto final.
Estás a comparar um clube de cidade média/alta (Leiria), com um clube de vila (Arouca) ou clubes de periferia/cidade grande (Estoril/Casa Pia), que ao contrário do Leiria não podem fazer marketing do género "somos o clube da cidade".
Além de que o Casa Pia está a jogar longe da sua casa, logo aí há outro problema. ...ler comentário completo »
fkaoff
2023-05-08 17h47m por Kurika
Portanto, uma pessoa só se deve tornar sócia por causa dos jogos com os 3 grandes. LOL
Pá, não tenho dúvidas nenhumas que se TODOS os jogos da Primeira Liga fossem de borla, muita gente ia deixar de sócia dos clubes, mas é que nem tenhas dúvidas.
A ideia, como disse o DannyLopes, é usar as borlas como chamariz para fazer as pessoas se tornarem sócias, e assim sendo, depois deixar de ser tudo à borla e os sócios serem então beneficiados com bilhetes (quase) de borla. Ou s...ler comentário completo »
DA
Kurika
2023-05-08 17h18m por DannyLopes10
Claro, se fossem todos os bilhetes a 50€ nem os grandes enchiam o estádio! É uma maneira de dizer que acho os preços dos bilhetes algo exagerados…
Claro que não é viável a política dos bilhetes de borla quando os custos aumentarem devido à participação nas competições profissionais. Trabalho na contabilidade de um clube da primeira liga e sei perfeitamente a importância da receita da bilheteira em qualquer clube dessa competição. No entanto, o segredo da UDL passa muito pelo que estão...ler comentário completo »
Matheorist
2023-05-08 17h10m por _danyfer97_
A única parte onde ainda consegues ter razão é na primeira frase e mesmo assim tem muito que se lhe diga, de resto, é ignorância pura, e sei bem o significado, descansa ;)
Não compares situações de há 10 anos com hoje em dia, simples.
DannyLopes
2023-05-08 16h54m por Kurika
Essa ideia dos "bilhetes a 50 euros" também é um bocado mito. Nos jogos grandes, talvez, mas há muitos clubes da primeira liga que têm bilhetes relativamente baratos, ou várias iniciativas de acompanhantes para sócios (como acontece com o Boavista, por exemplo).
Não é só o Leiria que tem feito isto, há vários clubes que têm tido boas iniciativas. Agora, borlas em todos os jogos, acho bastante difícil isso continuar, sobretudo na Primeira Liga, quando os custos começarem a au...ler comentário completo »
DA
Matheorist
2023-05-08 16h41m por DannyLopes10
Tens razão em tudo o que dizes, aqui na zona centro não temos nenhum “grande” clube que nos represente desde a descida da AAC (não considero os outros clubes da zona centro “grandes”), no entanto a UDL está a tentar fazer qualquer coisa e pelos vistos está a resultar até agora. E esta política já vem de há pelo menos 3 épocas atrás em que não conseguiu subir e nunca desistiu da mesma estratégia.
E por tentar, pelo menos merece consideração. Daqui a uns tempos logo vemos se deu frutos ou não 😉
_danyfer97_
2023-05-08 16h32m por Matheorist
Podias dizer qual é a parte que demonstra a ignorância, já agora. Suspeito que a tua ignorância é ignorares o significado de ignorância.
Matheorist
2023-05-08 16h27m por _danyfer97_
A verdadeira definição de:
Diz que és ignorante sem dizeres que és ignorante
Lembro os mais distraídos
2023-05-08 16h24m por Matheorist
Que nas últimas épocas na 1ª liga, a UDL mal conseguia meter 1000 pessoas no estádio com bilhetes à borla! Ninguém queria saber daquilo. Esta excitação toda deve-se apenas ao facto da região não ter nenhuma equipa na primeira liga há vários anos. Até eu senti essa excitação quando a UDL subiu à 1ª liga em 93/94, era eu miúdo, e não tenho apreço nenhum pelo clube. E poucos o têm: entre o clube e os locais a relação é muiiiito fraquinha.

DA
Afonsofarense
2023-05-08 16h18m por DannyLopes10
Isso são preços muito interessantes! Espero que não tenham que alterar muito com a subida à primeira liga, pois os clubes precisam de estádios cheios a apoiar as suas equipas. E infelizmente o povo português não tem grande capacidade monetária para pagar 50€ por bilhete…
DannyLopes10
2023-05-08 15h54m por afonsofarense2000
Aqui em Faro paga-se 2€ por cada sócio , 4€ não sócio e acompanhante
DA
Ricardo Cunha
2023-05-08 15h49m por DannyLopes10
Obrigado pelo esclarecimento!
Isso então será ótimo para as gentes de Leiria caso a UDL continue com a mesma política, vão ter novamente imensa gente a apoiar, sabendo que será muito difícil chegar ao escalão mais alto do futebol português.
Tens razão, não foi falado e não sabia, sendo assim congratulo o Moreirense pela iniciativa e espero que mais clubes ponham a vista neste tipo de iniciativas.
Dannylopes
2023-05-08 14h45m por ricardocunha251
Não existe mínimo na segunda liga, porque o Moreirense abriu as portas a época toda na bancada central, curiosamente o número de sócios cresceu, mas isso nunca foi falado neste site.
Leiria
2023-05-08 14h28m por fcpflaw25
A cidade que não existe xD.

Boa iniciativa da direção do Leiria, enchem o estádio, dão outro ambiente ao futebol e culminam com atividades que juntam cada vez mais pessoas em torno do clube. Espero que seja para continuar, pois é bom ver estádio portugueses com publico e não aqueles estádios vazios como alguns de primeira liga. Estão a fazer os passos certos como fazem Guimarães e Braga, ao irem a escolas e tudo mais pois é aí que podem ter mesmo adeptos só do clube. Não h...ler comentário completo »
Leiria
2023-05-08 13h15m por uzinavot
Grande União de Leiria, a quererem imitar o que acontece em Guimarães.
Boa sorte para o futuro
PE
Distraído. . .
2023-05-08 13h11m por Pedro_academico
"Se repararmos, entre Lisboa e Porto, existe o Arouca, na Primeira Liga. Na Segunda Liga, há o Feirense e o Tondela"

Então e a Oliveirense, Ac. Viseu, Covilhã?
DA
Curiosidade
2023-05-08 13h01m por DannyLopes10
Estou muito curioso para ver a abordagem da UD Leiria na próxima época. Não tenho a certeza mas penso que na segunda liga existe um mínimo obrigatório a cobrar por bilhete. Tenho a certeza que se fosse um valor simbólico, tipo 1 ou 2 euros o estádio iria continuar a encher (falo por mim que fui a todos os jogos em casa), mas duvido bastante que o valor mínimo seja inferior a 5€.
Se alguém souber algo sobre esta matéria que esclareça por favor 😊
ES
Exemplo
2023-05-08 12h21m por Esi
Gostava imenso que outras equipas tivessem o mesmo tipo de iniciativas. Naturalmente não tenho acesso aos números por isso nãos ei o quão viável seria, mas parece-me claro que a estratégia de marketing tem de ser melhor para a larga maioria dos clubes do país. Não se pode simplesmente marcar um jogo de futebol e esperar que as pessoas apareçam ou contar apenas com as receitas das visitas dos 3 grandes. Ter estádios cheios melhora em muito o produto e faz com que seja mais apetecível até a pa...ler comentário completo »
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