A Espanha venceu Portugal por 4-2 e é campeão da Europa pela 19ª vez, o terceiro título continental consecutivo dos espanhóis. A seleção nacional saiu de Noia com razões de queixas da dupla de arbitragem que deixou passar uma grande penalidade, na segunda parte, e um livre direto, ainda na primeira parte. A Espanha foi mais forte nas bolas paradas.
Foi um jogo inglório para as cores nacionais e de muito eficácia para os espanhóis. A turma de Guillem Cabestany revelou uma estratégia perfeita para anular a forma de jogar de Portugal e o primeiro golo ditou o rumo do desafio.
A seleção nacional até conseguiu anular a entrada pressionante da Espanha e teve uma das primeiras oportunidades do jogo, mas o jogo ficou partido e o perigo andou nas duas balizas, com os guarda-redes a assumirem um papel de destaque.
No entanto o olhar dos juízes não foi igual para assinalar faltas grosseiras e que dariam bolas paradas: Telmo Pinto foi agarrado, quando ia ficar isolado a dois metros da área de Grau, ao quarto minuto de jogo, mas foi assinalado apenas falta.
A Espanha não se enervou e abriu o marcador quando passou a jogar com uma referência na área. Depois de Martí Casas e Pau Bargalló terem rompido por fora, o avançado do Barcelona fixou-se no interior e num lance de recarga bateu Pedro Henriques.
Foi no início da segunda parte que as dificuldades portuguesas se tornaram mais evidentes, até porque os erros arbitrais foram também maiores. A exclusão de Rafa, logo aos 29 minutos, foi muito controversa, mas Portugal aguentou quase na totalidade os dois minutos com menos um jogador sem sofrer, mas numa das últimas Grau finalizou bem o Power-Play e fez o segundo golo espanhol.
A equipa de Cabestany não quis saber dos erros de Rondina e Silecchia e pouco depois, Julià aumentou a contagem de livre direto. O criativo do Reus converteu à segunda - a equipa de arbitragem mandou repetir por ter considerado que Pedro Henriques se tinha mexido.
Portugal ficou afetado, mas um Time-Out refrescou as ideias, trouxe alternativa e Gonçalo Alves fez o primeiro golo português com um remate de meia distância.
Apesar de faltar muito tempo para jogar, Portugal apertou a Espanha com muita gente na área, mas a estratégia ficou muito presa nos rasgos individuais. Num lance coletivo, Gonçalo Alves foi travado na área por Carles Grau - que até ficou sem stick -, mas Marco Rondina marcou simulação.
A seleção nacional ficou, claramente, condicionada com os vários erros da equipa de arbitragem, que ainda excluiu Aragonès sem se saber bem como, e não foi capaz de neutralizar as emoções.
Quando Gonçalo Alves reduziu para um golo a seis minutos do fim a crença portuguesa aumentou, mas Marc Julià beneficiou de um novo livre direto e atirou as aspirações portuguesas para fora do rinque.
A Espanha volta a celebrar um título na Catalunha, algo que não acontecia desde 1979.
4-2 | ||
Marc Grau 13' 31' Marc Julià 31' 44' | Gonçalo Alves 32' 44' |