No creo en brujas...

O destino é muitas vezes inexplicável. Leva-nos para o caminho do esotérico e faz-nos questionar tantas vezes a ciência dos factos. Sporting e Oliveirense estão na final da WSE Champions League, porque eliminaram FC Porto e OC Barcelos, mas o destino é tramado e pela frente vão estar duas equipas em revolução técnica e com tanta coisa em comum. Como diriam os galegos: No creo en brujas, pero que las hay, las hay...

Há cerca de um mês o zerozero noticiou a saída de Alejandro Domínguez, por motivos pessoais, do comando técnico do Sporting, no final desta temporada. Os dirigentes leoninos entraram em campo para encontrar o substituto perfeito e depois de várias viagens a Oliveira de Azeméis assumiram que vão bater a cláusula de Edo Bosch, tal como o zerozero informou, também em primeira-mão.

No meio de tudo isto, as equipas vão medir forças uma contra a contra, este domingo, para ver quem é o próximo campeão da Europa. Uma coisa é certa: em rinque não vai entrar nenhum fantasma e os jogadores vão dar tudo, tal como os treinadores aplicar as melhores estratégias para vencer.

Leões rotinados, unionistas fugazes

A final deste domingo apresenta duas equipas em ritmos diferentes, mas com igual grau de favoritismo.

Diogo Abreu vai disputar a sua terceira final, agora pela UD Oliveirense @WSE

O Sporting está mais habituado à dinâmica vencedora. Os leões têm três títulos europeus no seu museu e grande parte dos atletas presentes nesta final já levantaram duas taças de Campeão da Europa (2019 e 2021). A rotina de vitória está implementada na equipa de Alejandro Domínguez, mesmo que o técnico argentino dos leões nunca tenha ganho no Sporting.

A Oliveirense, por seu lado, enquanto clube nunca ganhou uma Champions, apesar de durante o segundo legado de Tó Neves ter ido à final de 2016 e 2017. A terceira final, agora com os comandados de Edo Bosch, representa uma nova oportunidade e coloca em destaque o trabalho fantástico feito pela equipa de Oliveira de Azeméis em apenas nove meses. Para o treinador também é um marco importante, pois vai disputar a sua terceira final da Champions consecutiva, depois de ter levado o Valongo por duas vezes ao derradeiro jogo.

Recorde-se que a Oliveirense viu chegar para esta época cinco jogadores novos, além de toda a equipa técnica. O crescimento foi notável, olhando para os resultados: a equipa conseguiu andar várias jornadas em primeiro lugar do Campeonato Placard e foi a duas fases finais, Taça de Portugal e WSE Champions League.

Para o jogo deste domingo, não há muita estratégia a rever. A final vai ser um jogo sem retorno e uma nova oportunidade para celebrar. Há a curiosidade de perceber se Alejandro Domínguez continua a abdicar do experiente Matías Platero - falhou a meia-final contra o FC Porto - e se Edo Bosch já vai poder contar com Facundo Navarro, que saiu lesionado do jogo contra o OC Barcelos.