Sérgio Conceição: «A opinião do atual presidente é que eu já devia ter renovado»

Ainda com o terceiro lugar por garantir, e na ressaca de uma semana que consagrou o Sporting como novo campeão nacional, Sérgio Conceição fez, este sábado, a antevisão ao jogo com o Boavista, relativo à 33ª jornada da Liga Portugal. 

Numa jornada onde o Vitória SC (5º) recebe o SC Braga (4º), Conceição começou por recusar olhar para os outros encontros: «Não olhamos para os outros jogos, não é isso que é o mais importante. Obviamente que assistimos aos jogos e vai haver esse tal entre o quarto e o quinto classificados, mas o mais importante é o nosso, naquilo que temos de fazer contra o Boavista. Estão numa zona difícil e vai fazer deste jogo uma final. Nós temos de agir da mesma forma porque queremos manter este terceiro lugar», começou por dizer.

Quanto à mudança diretiva, Sérgio Conceição comentou ainda a ida de André Villas-Boas ao Olival: «Ambiente no balneário? Não ficou melhor nem pior com a passagem do presidente eleito. Esteve aqui, foi importante conhecer os funcionários e foi um discurso e uma conversa muito cordial comigo e com os atletas, de ambição. É normal quem trabalha aqui saber que essa é uma das caraterísticas que tem de estar presente. Aceitar, conhecer, estar mais próximo das ideias do novo presidente. É só isso», acrescentou, recusando abrir o jogo sobre a sua continuidade no cargo e à existência de uma eventual cláusula de rescisão contratual. 

«Não há nada para esclarecer, assinei um contrato de quatro anos. Estou aqui há sete anos, já renovei duas vezes, esta é a terceira. Não é o momento de fazer balanços, caso contrário tinha de falar de sete anos e não vou falar da pandemia, de fairplay financeiro, de eleições... Os adeptos, sócios e simpatizantes estão mais preocupados com o jogo de amanhã, um dérbi da região Norte, e vai haver outro também. É uma região onde o futebol representa o país de uma forma excelente. Importante é pensar no jogo de amanhã, e depois olhar a médio ou curto-prazo para os jogos que temos pela frente e para a final da Taça. Não é o momento de fazer balanços», afirmou.

«Foram muitas as dificuldades, mas mesmo assim, a nível de títulos estamos igual ao nossos dois maiores rivais, Sporting e Benfica. Penso que o trabalho tem sido bem feito. A opinião dos três candidatos, do atual presidente era que eu já devia ter renovado há um ano, um ano e pouco, quando jogámos contra o Inter. Do nosso presidente [Pinto da Costa] sempre foi sua intenção fazê-lo, foi passar para o papel a sua intenção, e o doutor Nuno Lobo também teve a oportunidade e a amabilidade de dizer que se fosse presidente era eu o treinador. Aqui penso que estamos claros. Há uma outra situação, já disse e volto a frisar: não estou agarrado ao lugar, ponto. Não quero falar mais nisso. Respeitem isso.»

Eustaquio? «Estamos disponíveis para o que for preciso»

No que respeita a regressos e a ausências, Conceição revelou que João Mário está de regresso, mas que Zaidu, Pepe e Marcano continuam de fora, devido a lesão. Além destes, o técnico portista confirmou ainda a ausência de Stephen Eustaquio, devido ao recente falecimento do pai. 

«Eu recebi ontem a notícia e fui ter com ele a casa. São momentos que não são fáceis para ninguém. O grupo está solidário com ele, para tudo aquilo que ele necessitar. Além de companheiros e treinadores, tem amigos. Neste momento há pouco a dizer. Sentimos a sua dor e estamos disponíveis para o que for preciso, o nosso sentimento é esse, de companheirismo, amizade e solidariedade. Não vai estar para amanhã certamente, é também um elemento que está fora da convocatória», confirmou o técnico portista.

Além destes, Conceição confirmou ainda a ausência do quarteto afastado por questões disciplinares: Jorge Sánchez, André Franco, Iván Jaime e Toni Martínez.