O Vitória SC prometia ser um adversário difícil, especialmente sendo uma das duas equipas que já bateu o Sporting nesta Primeira Liga, mas não parece haver maneira de travar o líder...
Um, dois, três. Contamos assim os golos e também os pontos somados pela equipa de Rúben Amorim, que caminha a passos largos para o 20º título de campeão nacional. Até ao soar dessa campainha, a música vai tocando. Este domingo ficou para trás a marca dos 130 golos na época, algo que já não acontecia desde que tocavam os cinco violinos!
Foi em clima de festa que o Sporting foi recebido em Alvalade, duas semanas depois do último jogo caseiro. Música, cartazes e pirotecnia pintaram uma bela imagem pré-jogo, numa altura em que os adeptos locais acreditam cada vez mais no melhor desfecho para esta campanha. Não se pode é dizer que o arranque do jogo tenha estado à altura do que o estádio exigia.
Em desvantagem, o Vitória começou a mostrar-se mais. Subiu as linhas e assumiu a posse de bola, mas nunca conseguiu criar verdadeiro perigo - Jota Silva começou o jogo no banco e essa ausência foi sentida. O golo só esteve perto num lance em que Israel derrubou Afonso Freitas para o que seria certamente grande penalidade se o ala vitoriano não estivesse fora de jogo.
A equipa de Rúben Amorim lidou bem com esse ascendente, uma vez que a subida das linhas adversárias permitiu ao Sporting explorar a profundidade mais frequentemente. Foi num raro momento de posse prolongada do Sporting, já em cima do intervalo, que Gyökeres encerrou uma sequência de cinco jogos sem marcar. O sueco foi apenas uma das personagens numa jogada brilhante do coletivo.
Na procura de segurança e conforto, nada como fazer o 2-0 no último lance da primeira parte. Assim, a gestão é bem mais fácil, especialmente frente a um adversário que já tinha conseguido a proeza de derrubar o leão durante a primeira volta do campeonato.
Bastaram quatro minutos do segundo tempo para uma nova erupção em Alvalade. 3-0! Pote lançou Francisco Trincão, que trabalhou bem para assistir o 24º golo de Viktor Gyökeres nesta edição da Liga.
Em campo, tudo se mantinha fácil. O Vitória tentou, mesmo passando a ter mais espaço no ataque, mas o Sporting continuou a criar perigo. Chegou a festejar o 4-0, marcado por Marcus Edwards assim que entrou, mas esse foi invalidado por fora de jogo.
Após o apito final, mais uma volta ao estádio, em agradecimento pelo apoio incansável. De volta, as bancadas voltaram a sublinhar as suas vontades: «Eu quero ser campeão outra vez!», dizia a tarja. Amorim parece empenhado para fazer exatamente isso.
Abriu o marcador com uma finalização bem ao seu estilo. Depois, serviu o golo de Gyökeres com uma assistência perfeita, ao alcance de muito poucos. Ainda iniciou a jogada do terceiro golo, para provar que continua a ser um dos jogadores mais influentes do campeonato nacional. Uma exibição brilhante de Pedro Gonçalves.
Deixar a figura maior no banco é sempre uma decisão arriscada. Álvaro Pacheco tomou-a, com o objetivo de poupar Jota Silva para uma fase final do jogo à qual dificilmente chegaria se fosse titular, mas correu mal. Sem o internacional português, o Vitória SC criou pouco perigo e acabou por sofrer três golos antes da substituição.