O Benfica qualificou-se para os oitavos-de-final da Liga Europa, depois de um sofrível empate a zero, na casa do Toulouse. Na segunda parte, as águias foram massacradas e valeu às águias uma exibição de mão cheia de Trubin, mas também o poste, que travou um cabeceamento de golo de Dallinga.
O êxtase, normalmente, tira discernimento, clarividência e faz com que a vontade, por vezes, seja maior que as possibilidades. O início de jogo em Toulouse trouxe isso em doses industriais para as duas equipas. Totalmente empurrado por uns adeptos loucos, os franceses entraram muito pressionantes e a forçarem o erro ao Benfica.
Roger Schmidt optou por ter João Mário numa posição mais recuada, mas a pressão dos encarnados na primeira fase de construção do Toulouse foi curta e as águias passaram por algumas dificuldades.
Não foi preciso esperar muito tempo para ver os caminhos que o Toulouse iria explorar na defesa do Benfica. Neres e Morato estiveram com os canais de comunicação desligados e durante 45 a ala esquerda do Benfica foi um flagelo. O Toulouse aproveitou muito esse fator, tal como as aventuras de Bah, no lado oposto.
Só depois da meia hora é que as águias soltaram coisas boas: Neres abriu as hostilidades com um lance individual, António Silva teve o golos nos pés, mas Guillaume Restes anulou com uma defesa soberba.
Roger Schmidt mudou ao intervalo, tirando Tengstedt e Morato, mas Carreras foi igualmente medíocre e a defesa do Benfica passou por muitas dificuldades.
O Toulouse fez + do dobro dos remates do Benfica: a equipa gaulesa fez 17 remates (6 enquadrados), contra 8 dos encarnados
⚠O Benfica terminou o jogo com apenas um remate à baliza do Toulouse, da autoria de António Silva, ainda na 1.ª parte pic.twitter.com/nUMGBvxKlb
— Playmaker (@playmaker_PT) February 22, 2024
O Toulouse teve uma estratégia quase perfeita: procurar as alas, meter os médios a entrar em zona frontal e tentar com cruzamentos ou segundas bolas. Os franceses colecionaram oportunidades e o treinador alemão do Benfica demorou a mexer para equilibrar os setores.
Entre o minuto 55 e o minuto 66, o Toulouse teve seis oportunidades claras de golo, uma foi ao poste, Trubin encheu a baliza e o Benfica respirou. A entrada de Aursnes ajudou as águias a terem mais um homem a segurar o meio campo, mas a ligação com o ataque foi muito curta. Arthur Cabral esteve sempre muito sozinho e Restes, na segunda parte, não fez nenhuma defesa.
O Benfica seguiu em frente na Liga Europa, mas o Toulouse é que o melhor no encontro desta quinta-feira. As águias sabem o adversários dos oitavos-de-final esta sexta-feira.
O emblema francês jogou, frente ao Benfica, uma das partidas mais emblemáticas da sua história e o apoio dos adeptos foi algo absolutamente notável. Um verdadeiro 12º jogador, que nunca parou de cantar. Brutal.
A equipa de Roger Schmidt nunca arriscou e apesar de ter o resultado a seu favor, colocou-se muito a jeito para ser eliminada em França. Poucos duelos ganhos, muitos erros no setor recuado e falta de inspiração.