Ao contrário dos vizinhos (e rivais) de Manchester, os cityzens não vacilaram na visita à Dinamarca (1-3) e deram um passo fundamental rumo aos quartos de final da prova milionária. Bernardo Silva voltou a ser decisivo, De Bruyne participou nos três golos, Foden fez a diferença, sendo que, a exibição soberba de Grabara não foi suficiente para manter vivo o sonho do conjunto dinamarquês.
Um desfecho previsível e que deixa Guardiola descansado rumo a Manchester. Do lado da casa, Mattsson marcou (belo golo) na única ocasião do encontro para os comandados de Neestrup.
O jogo, sublinhe-se, começou com vários portugueses em campo e sem facilitismos: Diogo Gonçalves iniciou no Kobenhavn; Bernardo Silva e Rúben Dias foram titulares do lado visitante, ao passo que, Matheus Nunes saltou do banco aos 78'.
Como referido, sem facilitismos e... sem surpresas. O City amassou no primeiro quarto de hora e acabou por chegar ao golo com grande naturalidade. Phil Foden - um dos mais inspirados do encontro - segurou a bola, viu a desmarcação de De Bruyne e - no timing preciso - assistiu o belga que, com classe, atirou cruzado e sem hipóteses.
Após o golo, o controlo do City continuou, mas a lesão de Grealish estragou o mood dos ingleses. Energéticos após o golo, a lesão do inglês - foi substituído por Doku aos 21' - abalou o campeão europeu e, apesar de algumas oportunidades - Haaland e Doku estiveram perto do golo - foi o Kobenhavn a faturar: Ederson errou, Elyounoussi não aproveitou, mas Mattsson - na ressaca do remate e fora de área - não vacilou. Com o 1-1, o City reagiu e, ainda antes do intervalo, Bernardo Silva voltou a fazer a diferença.
Desta feita, De Bruyne descobriu Bernardo Silva - num local semelhante - e o português, também com muita classe, tirou a bola da visão do guardião polaco. Uma dose de magia na Dinamarca.
Pela negativa... Ritmo baixo, poucas oportunidade, pouco risco. O Kobenhavn - apesar de uma postura ligeiramente mais ofensiva - apenas assustou de bola parada (e, até nesse momento do jogo, pouco perigo criou), ao passo que, do outro lado, o City controlou com bola, com cautela, muita segurança e matou o jogo no momento certo.
Em 45 minutos, de destacar o grande remate de Doku - Kamil Grabara fez uma bela exibição - e o cabeceamento de Halaand que, apesar de fraco, ainda beijou a barra.
Grabara, perto do final, brilhou por três vezes: defendeu dois remates fortíssimos de Haaland (ambos levavam selo de golo) e um remate de De Bruyne, mas nada conseguiu fazer para travar o remate de Foden. No último lance do jogo, o inglês - na cara do polaco - sentenciou o jogo e, muito provavelmente, a eliminatória.
Atual detentor da Champions, o City - apesar do favoritismo evidente -, não se deslumbrou com a menor força do oponente e, desde cedo, procurou resolver a eliminatória. Com segurança, respeito, magia e maturidade, a equipa inglesa matou a partida (e provavelmente a eliminatória) no timing exato.
Um 1-2 permitia «sonhar», é certo. Não obstante, a jogar em casa, o FC Kobenhavn podia ter arriscado mais no segundo tempo: em 45 minutos, zero oportunidades de relevo e poucos riscos assumidos, seja a pressionar ou a atacar. Grabara, guardião polaco, foi o principal destaque do lado dinamarquês.
Exibição competente de Sánchez Martínez e sem grandes casos a apontar.