Depois de um período menos positivo - três derrotas seguidas - os lobos de Arouca repetiram a vitória aplicada em Cascais e, não menos importante, voltaram a golear (5-0): a quarta goleada da era Daniel Sousa.
Por sua vez, os homens de Vizela foram humilhados e voltaram a sofrer uma goleada e, com este resultado, permanecem aflitos no 17º posto (13 posto). Do outro lado, o Arouca cola-se ao Famalicão com 22 pontos.
Em relação ao jogo, Daniel Sousa apenas trocou uma peça em relação à vitória em casa do Estoril, ao passo que, do lado visitante, Samu Silva - lesão no adutor - foi a grande ausência do 11 titular.
A eficácia arouquense voltou a ser escrita em espanhol e com os protagonistas de sempre: Mujica e Cristo. Apesar do arranque interessante do Vizela - muito ofensivo e voraz na procura do golo -, os erros defensivos, neste nível, raramente não têm consequências.
Assim foi. Antes da dose de eficácia espanhola, Nuno Moreira - após um belíssimo desenho ofensivo -, surgiu com perigo dentro de área, mas rematou ligeiramente por cima. Na resposta... o golo. Na sequência de uma bola longa, Anderson - ao tentar o alívio - deixa a bola nos pés de Rafa Mujica que, de fora de área, surpreendeu Buntic com um remate fortíssimo.
Apenas três minutos depois (minuto 14), Anderson voltou a evidenciar-se pelas piores razões: num lance de muita confusão, Cristo surgiu com perigo para fazer o golo e o central brasileiro empurrou o avançado nas costas dentro de área. Na conversão do penálti, Cristo ampliou a vantagem.
Após o 2-0, o Vizela deu um click no «botão Essende», mas o francês não mostrou-se inspirado. Depois de dois desperdícios seguidos, Essende sofreu um golpe nas costas e acabou mesmo por sair lesionado ainda antes do intervalo.
Na segunda parte, a mesma toada. O Vizela, impotente e apático, mostrou-se conformado com o rumo dos acontecimentos - surpreendente a falta de atitude dos homens vizelenses - e foi a equipa da casa a voltar a marcar.
Cristo, um dos principais destaques do lado arouquense, descobriu Jason de forma incrível - tremendo passe a rasgar - e o espanhol, com um cruzamento venenoso, acabou por proporcionar um autogolo a Matheus Pereira.
Até final, a incapacidade de resposta do Vizela perdurou - apenas Ba-Sy e Dylan conseguiram assustar -, pelo que, Mujica, ao minuto 86, fez o quarto com um grande cabeceamento e Cristo, com um remate em jeito, fechou as contas.
Organizados, pacientes, mas - acima de tudo - com vontade para marcar (muitos) golos. O jogo do Arouca foi assim e funcionou às mil maravilhas desde o apito inicial.
Foi um Vizela totalmente irreconhecível, este domingo. Depois de um arranque interessante, o conjunto de Vizela não conseguiu dar uma resposta digna aos golos do Arouca e o jogo acabou por ser de um sentido apenas.
Exibição tranquila de Luís Godinho. Esteve bem ao assinalar penálti no momento da falta de Anderson sobre Cristo.