Com pompa e circunstância, o Famalicão venceu por 3-1 o Gil Vicente, num início de noite chuvoso em Famalicão. O Gil desapareceu ao quarto de hora e o Famalicão aproveitou, com três golos de vantagem e um futebol ofensivo aprazível à vista. Gustavo Sá abriu com óleo sobre a tela e Francisco Moura decidiu com golo e assistência. Dominguez, o gilista mais esclarecido, ainda reduziu, mas de pouco serviu para a equipa de Barcelos. Prevaleceram os jovens famalicenses, que apareceram para acabar com a senda de maus resultados.
Num início de noite com frio e chuva presentes, o Gil Vicente deslocou-se a Famalicão para um de muitos derby’s minhotos. Do lado gilista, Roan Wilson entrou para dar um ponto diante do Braga e entrou no onze, para o lugar do castigado Pedro Tiba, enquanto Félix Correia, por lesão, deu lugar a Murilo. Já na turma de João Pedro Sousa, Riccieli, também castigado, saiu para a entrada de Mihaj.
O jogo começou sob vários dilúvios, o que esfriou as equipas de ataques mais sagazes logo a abrir. O Gil foi quem, desde cedo, se aproximou mais do último terço, com a imprevisibilidade de Murilo a fazer-se valer, com Buta em velocidade a aparecer nas costas. Aos 15´, o extremo canarinho ziguezagueou sobre a defesa da casa e caiu na área, tendo José Bessa considerado simulação. Decisão muito contestada, que o juiz da partida manteve depois de ir ao monitor.
Os da casa cresceram e reação foi diretamente proporcional à chuva que caía em Famalicão. Puma foi o primeiro a avisar o que aí vinha, com um belo remate de longe, permitindo a defesa a Vinicius. Depois foi Henrique Araújo, depois de dois calcanhares, a testar novamente a atenção do guardião gilista. À terceira foi de vez. Depois de um erro de Gabriel Pereira, Gustavo Sá encheu o pé e, com a bola ainda a saltar, fez levantar o estádio com um golaço.
O Gil parecia perdido e o Famalicão aproveitou. Num momento de descoordenação ofensiva e, logo de seguida, defensiva, ataque pela direita do Famalicão e, numa recarga, Francisco Moura aparece a rematar para o fundo das redes. O Gil ainda tremeu com a possibilidade do 3-0, mas Puma atirou ao lado e o resultado manteve-se ao intervalo.
De cara lavada, o Gil apareceu melhor no segundo tempo. Fujimoto foi decidindo com mais assertividade e o lado direito gilista começou (finalmente) a carborar. A equipa chegou mais à frente e criou perigo pelas primeiras ocasiões a Luiz Júnior. Na melhor fase gilista, surgiu um balde de água fria. Contra-ataque fulminante do Famalicão, com Junior a lançar para Francisco Moura, que assistiu de forma sublime Chiquinho. O extremo português correu meio campo e finalizou para o terceiro.
A reação do Gil surgiu imediatamente, com Maxime Dominguez a reduzir, na sequência de uma carambola, depois de uma jogada bem construída pela ofensiva barcelense.
O Famalicão colocou o jogo no bolso e reduziu o ritmo que até então ia imprimindo na partida. Campelos mexeu nos corredores mas a equipa foi-se recorrendo mais a Fujimoto e Dominguez que, já cansados, não deram a melhor resposta. Fujimoto ainda balançou as redes, mas em posição irregular.
O golo de Gustavo Sá é o highlight da partida. Um excelente pontapé do jovem médio, que fez valer nova oportunidade no onze famalicense. Excelente jogo!
Desde o lance duvidoso na área adversária, nunca mais se viu o Gil até ao intervalo. Saiu a perder por 2-0 e poderiam ter sido mais. Reagiu na segunda parte, mas um descuido defensiva deixou as coisas muito difíceis.
José Bessa não pareceu ter uma arbitragem muito feliz. O pénalti, que considerou simulação, parece claro. O critério foi largo mas ficaram algumas faltas obvias por marcar.