O Moreirense recebeu o SC Braga, num jogo em atraso a contar para a segunda jornada do campeonato. Numa partida de loucos, com algumas reviravoltas, o SC Braga venceu por 3-2, com um golo de Al Musrati nos descontos, com assistência de Pizzi, dois jogadores que saíram do banco.
Em data FIFA, o Braga não pôde contar com Ricardo Horta, Joe Mendes, Serdar e Abel Ruíz. Rony Lopes teve oportunidade (e aproveitou), Djaló coexistiu com Bruma e Banza saltou para o onze. Nos cónegos, apenas Madson entrou para o lugar do ex-bracarense Kodisang, em relação à vitória no reduto do Chaves. À entrada para a partida, as duas formações minhotas equivaliam-se na barreira dos quatro pontos.
Depressa e bem, há pouco quem. Foi por este dito popular que o Moreirense se seguiu nos primeiros instantes. Impávidos e serenos, perante uma pressão alta bracarense, os cónegos tentaram serenar os ânimos e ter bola para criar desconforto ao Braga.
O Braga, bem cedo, não se conformou com o rumo da partida e colocou uma velocidade acima. Djaló foi acelerando e criou dificuldades pela esquerda do ataque. Pouco depois do equador do primeiro tempo, o espanhol arrancou, pedalou sobre Maracás e serviu Rony Lopes para a estreia do internacional português a marcar pelos Guerreiros do Minho.
O David da partida não se amedrontou com o golo do Golias. O Moreirense não baixou os braços e, liderado por Madson e Alan, a descobrirem espaços entrelinhas, aproveitou o relaxamento bracarense e reagiu a grande altura. Ameaçou (duas bolas no ferro) e depois concretizou. Djaló, que construiu o primeiro do jogo, facilitou a vida aos cónegos e André Luís de cabeça (a sua especialidade) empatou a partida.
O bom momento dos cónegos continuou, tal como a decadência bracarense no encontro. Cruzamento de costa a costa, de Camacho a Madson, e o Moreirense colocou-se na frente, de forma merecida, e foi para o descanso em vantagem. Muito pouco Braga no final do segundo tempo resultou em reviravolta.
O Braga voltou para o segundo tempo com João Moutinho e o objetivo claro de (re)virar o jogo. O VAR salvou o recém entrado de uma expulsão poucos minutos depois de entrar, mas este pareceu um presságio de que as coisas não iam ser favas contadas para o Braga. Al Musrati, Pizzi e Marín foram lançados cedo no segundo tempo, mas a desinspiração da turma da cidade dos arcebispos continuou bem patente no encontro.
O Moreirense primou pela organização defensiva, sempre em 4-4-2, e foi evitando que o adversário conseguisse criar desiquilíbrios (Bruma completamente apagado). Os comandados de Rui Borges até foram os mais perigosos durante grande parte do segundo tempo, com Alanzinho como figura de destaque a receber atrás da linha de médios bracarense e a lançar os três da frente em profundidade.
Soavam os alarmes em Braga, com a possibilidade de derrota, e a pouca dinâmica ofensiva demonstrava colocava os adeptos bracarenses (em grande número) um pouco apreensivos. Já depois dos 80´e com Paulo Oliveira quase como avançado, o Braga chegou ao empate. Djaló, o mais esclarecido, ganha a bola em lance de insistência e Paulo Oliveira assistiu Banza para o empate.
A bola voltou a entrar, com Antonisse a marcar para o Moreirense, mas a bandeira subiu e o VAR confirmou posição irregular.
O Braga foi audaz nos minutos finais e chegou mesmo à reviravolta. De canto (já tinha ameaçado com uma bola à barra), Al Musrati chegou ao golo numa fase em que já tudo contava com o empate. 3-2 para o Braga, que não deixa fugir os adversários diretos numa fase tão precoce do campeonato.
Vitória saiu do banco. Al Musrati fez golo, Pizzi assistiu. Mesmo sem alguns jogadores na seleções, a profundidade e qualidade do plantel do Braga é brutal.
A partida dos cónegos foi quase perfeita, faltaram os dez minutos finais. Houve muita competência e o feedback final é bastante positivo, mas deixou pena os últimos minutos.
Expulsou João Moutinho precipitadamente e marcou bastantes faltas. Critério um pouco estranho, sendo que marcou faltas muito duvidosas e mandou jogar em lances evidentes.