No jogo inaugural da jornada, o Vizela recebeu e venceu o Gil Vicente por 1-0, no jogo que garantiu o primeiro triunfo vizelense no campeonato. A equipa de Pablo Villar foi melhor durante praticamente toda a partida e foi o justo vencedor. O Gil Vicente não chegou a encontrar-se. O Vizela chega aos quatro pontos, enquanto o Gil Vicente ficou nos três, com também três derrotas nos últimos três jogos.
No duelo de minhotos, vencer era imperativo para ambas as formações, que vinham na ressaca de derrotas difíceis, de diferentes formas. O Vizela fez um mau jogo em Guimarães, frente ao Vitória, e queria limpar a má imagem (além de ainda não ter vencido). Já o Gil, foi derrotado em casa por 3-2 frente ao Benfica, num jogo em que saiu com sabor amargo e com a sensação de que podia ter roubado pontos ao campeão nacional.
Apesar da fome de vencer, as duas equipas entraram em velocidade cruzeiro. Mais em organização do que a correr riscos, foram-se encaixando que nem um puzzle e as aproximações às balizas foram aparecendo a espaços, até mais de longe (Dominguez, Tomás e Nuno Moreira tentaram de meia distância). Sem um volume ofensivo fora do comum, o Vizela chegou à baliza adversária com mais poder de fogo do que os barcelences e, por duas vezes, colocou Andrew em sentido. O guardião brasileiro, uma das figuras gilistas, foi muro, manteve o nulo e levou tudo empatado para o intervalo.
Naqueles que foram, muito provavelmente, os melhores 45 minutos iniciais do Vizela esta temporada, a equipa de Pablo Villar apresentou-se mais sólida do que em jogos anteriores, mas o futebol ainda não fazia os adeptos crer na equipa como em anos anteriores. Diogo Nascimento foi a novidade no onze e o que melhores indicações deixou no primeiro tempo.
A toada positiva vizelense da primeira parte transladou-se para o tempo complementar. Mais bola e lances mais perigosos da equipa da casa iam criando calafrios ao Gil Vicente e, como água mole em pedra dura, tanto bate até que fura, o FC Vizela adiantou-se no marcador. Essende (sempre perigoso em profundidade) ameaçou e Matheus Pereira premiu o gatilho para o 1-0.
Descontente com o resultado (e com a exibição), Vítor Campelos operou uma mini-revolução na equipa: quatro substituições à hora de jogo. As mudanças rapidamente surtiram efeito e o Gil até marcou (com Félix e Depú no lance), mas o VAR trocou as voltas aos galos, que continuaram em desvantagem no marcador. Volte-face duro, após bastante tempo para a confirmação, e a corrida atrás do prejuízo continuou.
O jogo foi partindo e os protagonistas foram os homens das extremidades. Andrew e Buntíc foram brilhando e evitando que o resultado se fosse alterando, numa altura em que os aficionados vizelenses se empolgavam com a possibilidade de, à quarta jornada, finalmente conquistarem os três pontos.
Até ao final, o Gil tentou chegar ao empate mas o esforço foi inglório. O Vizela consegue os primeiros três pontos e ultrapassa o adversário deste jogo na tabela classificativa.
Nas primeiras três jornadas, muita alma e o futebol não tão vistoso. Ao quarto assalto, finalmente uma resposta positiva da equipa de rainha ao peito. Foi superior durante grande parte do tempo e os adeptos, outrora desanimados, mostraram-se novamente em comunhão com a equipa.
Tiba e Dominguez foram muito importantes nos primeiros jogos. Hoje, condicionados também por amarelos cedo na partida, não engrenaram e foram substituídos para a equipa melhorar.
Os gilistas queixam-se de dois penáltis, ambos os lances são bastante duvidosos. Exibição sólida do de Bruno José Costa.