Há pouco mais de 13 anos, uma qualificação épica em Sevilha atirou o SC Braga para uma das suas últimas presenças numa fase de grupos da Liga dos Campeões... até agora. Os minhotos voltam aos grandes palcos da elite europeia após deixarem para trás o Panathinaikos, com Bruma e Matheus a serem heróis.
A ausência de Al Musrati por lesão obrigou Artur Jorge a uma alteração forçada - com a entrada de André Horta no onze inicial -, porém, não foi a única. Pizzi saltou para o banco e Álvaro Djaló subiu ao terreno como titular. Com a velocidade a ser palavra de ordem, o Panathinaikos também «não foi em histórias» e enviou Bernard e Ioannidis a jogo, preterindo os bem conhecidos do futebol português Filip Djuricic e Andraz Sporar.
Há um SC Braga completamente diferente na Grécia - isto comparando ao SC Braga da primeira mão. Com uma entrada mais ambiciosa do que ansiosa e uma abordagem personalizada.
11 anos depois, O SC Braga está de volta à fase de grupos da UEFA Champions League! 🤩#ChampionsELEVEN pic.twitter.com/yP3KD88mjl
— ELEVEN Portugal (@ElevenSports_PT) August 29, 2023
Panathinaikos? Alma em campo. Durante grande parte da primeira metade, Matheus teve de ser o calmante minhoto, após várias aproximações dos gregos à baliza - e que o diga aquela monumental defesa quase colada ao intervalo que poderia ter perfeitamente resultado em golo. Um dos grandes pesadelos para os gverreiros estava a ser Sebastian Palacios. Adrián Marín passou mal na defesa frente ao argentino.
Entre paragens por faltas e paragens por mau comportamento das bancadas, os primeiros 45 minutos pareciam lentos a passar e o próprio Panathinaikos ressentiu isso mesmo. Depois da entrada fulminante em campo, esgotaram o gás e a bola passou a ser mais dividida a meio-campo. Os médios do SC Braga agradeciam, ainda que, apesar do espaço concedido para sair na transição, faltava a decisão no último terço - quer a um, quer a outro.
No entanto, a verdade é uma. A turma de Artur Jorge entrou menos comedida em relação ao jogo na Pedreira, mas com menos fulgor ofensivo direto.
Sikou Niakaté até se mostrava a fazer uma exibição sólida. De repente, lesão. A primeira contrariedade bracarense na segunda parte. A parti daqui, a aceleração de jogo do Panathinaikos fez com que a baliza de Matheus estivesse à espreita.
E foi mesmo o guardião a ser herói. Matheus tornou a baliza pequena perante a densidade ofensiva dos gregos. A cada lance que se olhava para o relvado, parecia que só os comandados de Ivanovic tinham a bola. Nota importante; a coesão defensiva do SC Braga melhorou após a entrada de Serdar Saatçi.
As entradas de Pizzi e Rodrigo Zalazar aliviaram e fizeram respirar. Para além disso, ajudaram muito na retenção de bola e no aumentar da ansiedade do Panathinaikos. Sentia-se o nervosismo dos gregos com a aproximação do final.
E toda essa falta de comodidade levou ao desfecho paralelo de «quem não marca, sofre». Eis que, mais uma vez, apareceu Bruma e a confirmação: o SC Braga é europeu.
Se há coisa que se pode louvar neste duelo é mesmo a coesão defensiva do SC Braga durante o encontro, principalmente na segunda parte. Matheus foi, também ele, um dos grandes pilares dos minhotos.
A emoção até esteve lá, mas a falta de critério no último terço acabou por condenar o jogo. As disputas deram vida ao jogo, Matheus ainda salvou em uma ou outra ocasião, mas não-decisão na área prejudicou um pouco o espetáculo.