O Boavista só este domingo é que voltou a jogar para o campeonato, depois de já ter sido disputada uma jornada em 2023. O adiamento do duelo frente ao Estoril? Certamente estão a agradecer por isso, depois desta vitória frente aos gilistas.
Petit não esteve no banco, por castigo, mas não foi a única alteração: o Boavista jogou num 4-4-2, com Ricardo Mangas a ocupar o flanco esquerdo e Bruno Lourenço no lado oposto. Os axadrezados precisavam de alento depois da derrota frente ao Académico de Viseu.
O Gil Vicente chegou a este duelo depois de uma vitória frente ao Santa Clara e as esperanças de chegar à segunda vitória consecutiva foram bem demonstradas no início, mas ficou por aí…
Com passados distintos, foi a equipa de Barcelos e entrar melhor no encontro. O problema chegou quando começou a falhar a decisão no último terço. Kanya Fujimoto tentou, ao máximo, levar a equipa para frente, mas Fran Navarro «não apareceu a jogo» nos primeiros 45 minutos.
Os gilistas quase que se apoderaram do meio-campo do Boavista, mas não passavam disso. Por outro lado, os axadrezados, que optaram desde o início do encontro por jogar no erro adversário iam criando algum perigo.
A primeira grande oportunidade partiu de Bruno Lourenço. Depois do «jogar no erro» dar certo, quando Yusupha conseguiu tirar a bola a Fujimoto, o remate do português criou ilusão de golo no estádio.
O gás estava do lado do Gil Vicente, mas a chama acendeu pela mão de Yusupha. Depois de um canto batido por Bruno Lourenço, lá estava o avançado gambiano pronto a cabecear e a concretizar.
A partir daí, os boavisteiros estabilizaram o seu jogo, frente a um Gil Vicente que foi esmorecendo minuto a minuto.
Remates de belo efeito. Do «meio da rua». Cabeceamentos à barra. No fundo estava a dar para tudo… ou quase tudo – não dava golo. O Boavista entrou com confiança na segunda parte, mas as oportunidades perdidas eram demasiadas para um resultado tão curto contra uma equipa que entrou destemida (apesar da queda anímica).
No meio de ocasiões falhadas, a expulsão de Reggie Cannon, já no último quarto de hora do duelo, também não ajudou. Viriam a ser 15 minutos de aflição boavisteira, mas de algum alento de esperança para o Gil Vicente.
A turma de Daniel Sousa começou a aumentar o gás, mas Bracali estava pronto, de extintor na mão. De forma literal. «só dava Gil Vicente», mas terminou o sufoco dos boavisteiros - que foi até final. Imaginem tremer ostensivamente com uma defesa do Bracali para lá do tempo regulamentar. Foi fundamental para este jogo terminar com a vitória do seu emblema. Fechou-se a jornada. Que se respire, agora.
O Boavista não teve a sua melhor entrada em jogo, mas jogar no erro adversário ajudou (e muito) no decorrer do encontro.
Não chegou. O Gil Vicente entrou no encontro e rapidamente estabilizou o seu jogo. No entanto, o Boavista soube aproveitar as fragilidades gilistas. A falta de critério no último terço foi inimiga.
Um critério bastante largo, com alguns erros que poderiam ser evitados. Para além disso, o critério foi, também ele, algo dúbio em múltiplos casos.