Rei búlgaro emergiu entre as muralhas do castelo

E tudo Stivan Petkov mudou. A começar pelo resultado deste Benfica B x Feirense e a acabar na classificação da II Liga, onde os fogaceiros, com a vitória (1-2) no Seixal, voltaram ao quarto lugar, ultrapassando o adversário desta tarde.

Sabendo de antemão que uma vitória carimbava o quarto lugar na classificação a uma jornada do final da Liga Sabseg, o Benfica entrou mais forte, mas esbarrava quase sempre na bem construída muralha do verdadeiro Castelo que Rui Ferreira montou na equipa da Feira: um 5x4x1, com múltiplos desdobramentos ofensivos, mas grandes cuidados defensivos.

A nível defensivo resultou, é um facto. O Benfica criou, mas menos do que se esperava. E só um coelho tirado da cartola de Jair Tavares deu o golo ao Benfica B na primeira parte: que golaço do extremo encarnado, servido pelo desinspirado Henrique Araújo.

Certamente, Rui Ferreira não contava com isto tão cedo. E a equipa não se mostrou capaz de dar resposta a nível ofensivo. Embora tentando surpreender rompendo linhas, o Feirense não tinha armas para reagir e o técnico analisou isso de forma perfeita, mexendo ainda antes do intervalo e mesmo durante o descanso. Uma das mexidas foi Stivan Petkov, o grande nome deste jogo.

O avançado búlgaro mexeu com toda a estrutura fogaceira e também com a manobra bem organizada do Benfica B. Jogou, fez jogar e impulsou uma cambalhota que começou com um remate seu que Samuel Soares entregou aos pés de Zé Ricardo e que ficou carimbada com uma assistência açucarada para o desvio de Jardel, já depois de Manu ter permitido a defesa a Samuel no penálti.

A segunda parte foi quase totalmente dominada pelo Feirense e o Benfica B nada pôde fazer para segurar um quarto lugar que, agora, fica dependente... do Feirense. A receção ao Nacional, vista pelos olhos do emblema do Marcolino Castro, e o clássico das equipas B, nos do Benfica, vão ter a palavra na última jornada.

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