Paupérrimo. Não há como camuflar a péssima imagem deixada por Portugal na República da Irlanda (0x0). Perante um adversário perfeitamente ao alcance, incapaz de criar qualquer perigo, a equipa das quinas não conseguiu soltar-se das próprias amarras e não saiu do zero. Literalmente do zero. Em termos de resultado e a nível exibicional. Como se não fosse suficiente, Pepe ainda foi expulso, por acumulação de amarelos, e falha o jogo decisivo contra a Sérvia.
Portugal partia para este jogo com seis jogadores à bica, entenda-se em risco de falharem o jogo contra a Sérvia, caso fossem amarelados na República da Irlanda. Dos seis, apenas Palhinha foi lançado no jogo e conseguiu escapar à mão pesada de Gil Manzano. Um ponto positivo. Ao menos isso. De resto, há muito pouco por onde se possa pegar deste jogo.
🇵🇹Portugal passa a liderar o grupo, em igualdade pontual com a Sérvia, mas com vantagem na diferença de golos (+4): basta o empate para se qualificar para o Mundial 2022 pic.twitter.com/qDrGtaWKNX
— playmakerstats (@playmaker_PT) November 11, 2021
Zero estratégia, zero ideias, zero ocasiões flagrantes de golo, zero entrega, zer... no fundo uma mão cheia de nada e outra de coisa nenhuma. E não falamos apenas da primeira parte. Foram 90 minutos muito sofríveis do ponto de vista exibicional. E não, não é exagero. O pontinho conquistado, que até dá direito ao primeiro lugar do Grupo A, em igualdade com os sérvios, é o único ponto (e perdoem-nos a redundância) positivo.
Sem criar qualquer perigo no primeiro tempo, Portugal simplesmente não existiu na segunda metade. E o pior é que o rendimento do conjunto liderado por Fernando Santos não foi condicionado pelo adversário, sem argumentos para incomodar sequer Rui Patrício, mas sim por incapacidade própria para criar lances dignos do seu estatuto.
Uns fogachos de Cristiano Ronaldo, aqui e ali, e pouco mais. Muito, muito pouco... Ah, e Pepe foi expulso. O experiente central nem era dos que estava em risco., mas foi imprudente e foi para os balneários mais cedo. Aí percebeu-se ainda mais o quão confortável era a ideia de que o empate era suficiente. Ponto.
Em suma, até porque faltam palavras para descrever algo indescritível, assistimos a um jogo para memória futura. Para não repetir.
... muito difícil apontar um ponto positivo neste jogo. Salva-se o pontinho, que dá direito ao primeiro lugar. Mas isso não apaga a exibição aquém do mínimo exigido.
A Seleção Nacional esteve completamente desligada do jogo, sem qualquer rasgo de genialidade, a aparentar mesmo em alguns momentos estar confortável com o nulo.