Portugal corria contra o tempo, depois de o ter tido na mão; os ponteiros cavalgavam mais do que as pernas. A presença no Campeonato da Europa de 2012 ameaçava terminar de forma precoce, logo na fase de grupos.
Depois de ter perdido pela margem mínima na 1ª jornada frente à Alemanha, Portugal ia empatando a dois com a Dinamarca, em Lviv.
Um empate com sabor a derrota; a goleada até, depois de um início de sonho. Pepe e Postiga, em pouco mais de meia hora, tinham deixado a seleção de Paulo Bento confortável; demasiado.
O primeiro sinal de castigo apareceu até bem cedo, aos 41 minutos, quando Nicklas Bendtner reduziu para 1x2. Um aviso que ninguém levou a sério. E Bendtner duplicou o castigo, aos 80 minutos.
De repente, tudo mudou. As esperanças de levar a decisão para o encontro final frente à Holanda ficavam reduzidas a nada perante aquele resultado. Paulo Bento olhou para as soluções possíveis e arriscou um nome; um santo.
Silvestre Varela. O extremo entrou na Arena de Lviv aos 84 minutos e, 180 segundos depois, corrigia o curso da história.
Um cruzamento de Fábio Coentrão voa pela área dinamarquesa e faz a bola chegar a Varela; este tenta o remate de primeira, mas falha; a bola enrola-se mas sussurra-lhe que ainda está ali, que o comboio ainda não tinha passado; e Varela voltou a tentar a sorte, e foi feliz.
Um “tiraço” em cheio nos corações dinamarqueses, catapultando Portugal para os três pontos e, confirmado mais tarde em nova noite histórica em Kharkiv, para os quartos de final.
2-3 | ||
Nicklas Bendtner 41' 80' | Pepe 24' Hélder Postiga 36' Silvestre Varela 87' |